quinta-feira, 7 de junho de 2012

Emails do dono da casa: NEM NEGRO, NEM ÍNDIO, NEM VIADO, NEM ASSALTANTE, NEM GUERRILHEIRO, NEM INVASOR. Como Faço ?

Sabem aquelas pessoas que vivem te mandando emails sem parar, você não tem interesse neles, não sabe o porque daquilo, mas os emails não param de chegar nunca?
Pois é o dono da casa onde eu moro é assim, e ja que ele tem tanto trabalho em me enviar emails sempre, eu agora irei dedicar um espaço aqui no meu blog dedicado somente para os emails dele.

Continua aqui os posts: Emails do dono da casa!

NEM NEGRO, NEM ÍNDIO, NEM VIADO, NEM ASSALTANTE, NEM GUERRILHEIRO,
NEM INVASOR. Como Faço ?

Sou Branco, honesto, contribuinte, eleitor, hetero...Para quê???

Ives Gandra da Silva Martins*

Hoje, tenho eu a impressão de que o "cidadão comum e branco" é
agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação
infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam
índios, afrodescendentes, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes
a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a
mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para
ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será
excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições,
o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei
Maior.

Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito
às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei
infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no
passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os
argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser
beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território
nacional, enquanto os outros 185 milhões de habitantes dispõem apenas
de 85% dele.. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os
brasileiros não-índios foram discriminados.

Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas os descendentes dos
participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que
vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada,
também, parcela de território consideravelmente maior do que a
Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão
que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma
Roussef o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público,
para realçar as suas tendências - algo que um cidadão comum jamais
conseguiria!

Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição,
vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o
governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente
em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao
cidadão comum, desempregado, que não tem esse 'privilégio', porque
cumpre a lei.

Desertores, assaltantes de bancos e assassinos, que, no passado,
participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas
indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em
torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos
para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o
governo militar ou se disseram perseguidos.

E são tantas as discriminações, que é de perguntar: de que vale o
inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?

Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e
cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.

( *Ives Gandra da Silva Martins é renomado professor emérito das
universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado do
Exército e presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do
Comércio do Estado de São Paulo ).

Para os que desconhecem este é o :
Inciso IV do art. 3° da CF a que se refere o Dr. Ives Granda, em sua íntegra:

"promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação."

Assim, volta a ser atual, ou melhor nunca deixou de ser atual, a
constatação do grande Rui Barbosa:

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os
poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a
rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". (Senado Federal, RJ.
Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)


--
Alberto Figueiredo

Se existir algum erro de caligrafia, não me culpem, eu só estarei repassando os emails dele, nem ler eu lerei!

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